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Sou simples, honesto, sincero, dedicado, carinhoso, compreensível e de muita fé em DEUS. Sou católico, Professor formado em Educação Infantil, pelo curso de formação de docentes do C.E.P.E.M (Colégio Estadual Padre Eduardo Michelis) de Missal - PR, formado em Geografia (licenciatura) pela UNIGUAÇU – FAESI, e Pós - Graduado em Educação Especial e Inclusiva.

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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

A importância dos números


Os números caracterizam-se por ser um importante instrumento de medidas e estatísticas, são frequentemente, usados para comparar variáveis econômicas relacionadas entre si, para obter uma análise simples e resumida das mudanças ocorridas ao longo do tempo ou em diferentes lugares.
Na sociedade moderna em que vivemos somos conduzidos por informações, números, pesquisas, dados, tudo tem que funcionar na maior perfeição, pois a exigência está cada dia mais avançada e para isso é necessário que aja uma exatidão em tudo, milimetricamente calculada. Sem contar que mesmo para as produções menos importantes precisa-se trabalhar com aproximação e estatísticas que também exigem números para sua fundamentalização.
Os números trazem uma maior facilidade quando representados em tabelas e gráficos baseando-se na interpretação, no entendimento de analises, dados e estudos proporcionando uma visão ampla abrangendo o entendimento de maneira clara facilitando a expressão e analise num contexto geral.
Os números além de apresentar informações exatas ou aproximadas, trazem para a economia uma visão clara de grandes empreendimentos, os empresários por sua vez usam esses dados para promover a questão de vendas de um determinado produto. Baseando – se na informação dos dados apresentados, eles sabem exatamente o que produzir e onde produzir, além de produzir na quantidade exata evitando assim grandes percas que acarretam grandes prejuízos.
Como podemos ver, os números estão em toda parte. Destacando os números na área da educação, segundo dados sobre o analfabetismo no Brasil, os mesmos mostram uma grande melhora no decorrer dos anos. Se analisarmos a fundo a questão podemos observar que a redução do analfabetismo vem acontecendo proporcionalmente, o que mostra que o empenho se mantem a cada ano. No entanto, tem o lado negativo, pois, em nenhum momento ouve uma queda acentuada o que mostra, que a educação no Brasil se sente acomodada, não que esteja ruim, mas necessita de mais investimentos.
Através dos gráficos e números apresentados, foi possível também analisar como que se avalia o analfabeto funcional, que é a denominação dada à pessoa que, mesmo com a capacidade de decodificar minimamente as letras, geralmente frases, sentenças, textos curtos e os números, não desenvolve a habilidade de interpretação de textos e de fazer as operações matemáticas. Também é definido como analfabeto funcional o individuo maior de quinze anos e que possui escolaridade inferior a quatro anos, embora essa definição não seja muito precisa, já que existem analfabetos funcionais com nível superior de escolaridade. Essa conclusão foi obtida graças à amostragem de gráficos e tabelas relacionados a partir dos números, que diferencia os dois lados já que os mesmos possuem uma mesma informação, mas, se caracterizam por ícones diferentes, o que mostra e prova mais uma vez, que os números são fundamentais em cada quesito possível de se imaginar.
A importância de dados e números reflete também na visão de um governante, através deles, é possível promover estratégias que são necessárias para uma melhor solução de resultados. Permite também, observar onde estão às falhas e em que momento as mesmas aconteceram, a partir desse ponto, pode-se obter um melhor desenvolvimento econômico – social.
Podemos concluir assim, que a sociedade se move através dos números, pois são eles que apontam os caminhos a serem seguidos tanto os bons quanto os ruins e assim, acabam estando em toda parte. De forma resumida, podemos afirmar que são os números que na teoria organizam e dirigem a sociedade.


Produção de Texto
Anderson José Bender  (Acadêmico do curso de Geografia)


Referências de leitura e pesquisa:

ROCHA,João Alberto Guerra da, SIQUEIRA, Ivana Caldeira, SIMA, Luiz Fernando EUMED.NET. A importância dos números. Brasil, 2010 Disponível em: EUMED.NET <  http://www.eumed.net/ce/2009a/ssr.htm > Acesso em 20 de Fevereiro de 2012 às 15:00 Hs.
WIKIPÉDIA. Analfabetismo funcional. Brasil, 2008 Disponível em: <  http://pt.wikipedia.org/wiki/Analfabetismo_funcional > Acessado em 21 de fevereiro de 2012 às 21:10 Hs

CEDES UNICAMP. A origem dos conceitos de analfabetismo e alfabetismo funcional. Brasil, 2012. Disponível em<  http://www.cedes.unicamp.br/pesquisa/artigos/HADDAD/cap1.html > Acesso em: 23 de Fevereiro de 2012 às 16:22 Hs

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Diferença entre Hidrografia e Hidrologia e tabela com a distribuição de água doce no Brasil

Qual a principal diferença entre a hidrologia e a hidrografia?

        "A Hidrologia é a ciência que estuda a ocorrência, distribuição e movimentação da água no planeta Terra. A definição atual deve ser ampliada para incluir aspectos de qualidade da água, ecologia, poluição e descontaminação."

         Hidrografia é uma parte da geografia física que classifica e estuda as águas do planeta.
O objeto de estudo da hidrografia é água da Terra, abrange, portanto oceanos, mares, geleiras, água do subsolo, lagos, água da atmosfera e rios. A maior parte da água está concentrada em oceanos e mares – 1.380.000.000 km³ –, correspondendo a 97,3% da reserva hídrica do mundo. As águas continentais possuem um volume total de 38.000.000 km³, valor que representa 2,7% da água do planeta.
Fonte(s):


http://pt.wikipedia.org/wiki/Hidrografia

Tabela retirada do Livro "Água Vida e Planeta"  Professor: José Mauro Palhares 

Distribuição de água doce no Brasil em sua totalidade


Recursos Hídricos
Total da Superfície
Total da População
Norte
68,5%
45,3%
6,98%
Centro Sul
15,7%
18,8%
6,41%
Sul
6,5%
6,8%
15,5%
Sudeste
6,0%
10,8%
42,65%
Nordeste
3,3%
18,3%
28,91%

Organização Do Espaço Mundial


A Teoria da Regionalização Mundial tem por objetivo identificar grandes áreas do planeta com características próximas, no que diz respeito à população e a economia, ou ainda, semelhanças na Formação Sócio-Econômica-Espacial. Nesta aula não será abordada a tradicional divisão do planeta em continentes, ou seja a regionalização a partir de critérios naturais.
As Ciências Sociais buscam criar uma metodologia apropriada para lidar com a enorme diversidade e também para compreender as diferentes realidades encontradas no planeta. Para compreender um texto, em especial um Clássico, deve-se inicialmente analisar o momento histórico a que ele se refere e/ou foi escrito; só a partir daí seus conceitos podem ser interpretados.
Esta observação sobre diferentes metodologias e conceitos ao longo da história é de grande utilidade em todas as aulas, a principiar pelas diferentes formas de regionalização propostas até a atualidade. Não se pode esquecer que com o decorrer da história, novas metodologias surgem e novos conceitos são lançados para diagnosticar com maior propriedade a dinâmica realidade das sociedades.

Países Desenvolvidos e Subdesenvolvidos

O economista Joseph Alois Schumpeter (1883-1950) foi um dos precursores desta proposta de regionalização.
Ele propôs o conceito de desenvolvimento econômico condicionado às idéias de inovação tecnológica e da ruptura do “fluxo circular”. Schumpeter privilegiou a atuação do empreendedor, do inovador na superação da condição de pobreza, da precariedade. Assim estabeleceu a divisão do mundo entre aqueles que se desenvolveram e os que supostamente poderiam se desenvolver.
Entre as diversas escolas do pensamento econômico se destacam as seguintes idéias:
Liberalismo - o subdesenvolvimento é sinônimo de estagnação econômica.
Neoliberalismo - criou os rótulos “países em desenvolvimento” e “países emergentes”, e posicionou os antigos “subdesenvolvidos” dentro de uma fase do desenvolvimento.
Estruturalismo - estabeleceu que, além das razões econômicas, o subdesenvolvimento era resultante da fragilidade das instituições próprias de cada Estado.
Keynesianismo - determinou o subdesenvolvimento como fruto da ausência de um Estado forte, capaz de impor medidas reguladoras, subsídios e protecionismo alfandegário.
Teoria da Dependência - argumentou que o subdesenvolvimento é resultado de trocas internacionais desiguais e não da ausência do desenvolvimento, portanto, é produto do desenvolvimento desigual de outros países.
Países Centrais e Periféricos
Rosa Luxemburgo (1870-1919), filósofa marxista e militante revolucionária cuja bandeira era “Socialismo ou barbárie”, foi grande defensora desta proposta de regionalização. No sistema capitalista, segundo esta concepção, os países centrais e os países periféricos travam um conflito desigual, no qual não há espaço para que os menos abastados alcancem qualquer forma de progresso, seja social ou econômico.
Cada país ocupa um espaço e desempenha seu papel no mundo capitalista, assim a periferia jamais chegará ao centro.
 No início do século XX, esta visão de mundo foi adotada por inúmeros movimentos revolucionários, depois esquecida por algumas décadas. Na atualidade voltou a ganhar espaço nos meios acadêmicos. Em 1949, o economista argentino Raul Prebish apresentou a tese O Desenvolvimento Econômico da América Latina e seus Principais Problemas. Nesta obra, a difusão do progresso técnico e a distribuição dos seus ganhos na economia mundial aconteciam de forma desigual. No centro, a difusão do progresso técnico teria sido mais rápida e homogênea, enquanto na periferia, o progresso só atingiria setores ligados à exportação em direção ao centro.
 CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e Caribe da Organização das Nações Unidas), criada também em 1949, adotou esta linha em seus estudos. PRIMEIRO, SEGUNDO E TERCEIRO MUNDOS
Em 1952, o demógrafo francês Alfred Sauvy (1898-1990), cunhou a expressão “Terceiro Mundo” para classificar as novas nações da Ásia e da África que surgiam durante o processo de descolonização, após a Segunda Guerra Mundial (1939- 1945).
Sauvy notou semelhanças entre as aspirações dessas nações com as do “terceiro estado” antes da Revolução Francesa. Em 1789, o “terceiro estado” representava 95% da população, porém somente o primeiro e segundo estados (clero e nobreza) tinham real representatividade política, privilégios jurídicos e fiscais, o “terceiro estado” arcava com a carga tributária. Na sua concepção, os países que se opunham às metrópoles imperialistas formavam o “Terceiro Mundo”, isto é, um bloco de países capitalistas jovens, desprovidos de capital e crédito, entre outras formas de precariedade. O “Segundo Mundo” era constituído pelos países socialistas, o “Primeiro Mundo” pelos países capitalistas dominantes.
Em 1955, na primeira Conferência entre os países “Não Alinhados”, realizada em Bandung, na Indonésia, esta proposta de regionalização ganhou espaço na mídia e se popularizou nos anos da Guerra Fria. De forma equivocada esta proposta de regionalização ainda é utilizada, mesmo não existindo países socialistas (Segundo Mundo), pelo menos em sua concepção original. Nos seus últimos anos de vida, Sauvy declarou que tal denominação deveria ser abolida. Para ele, o “Terceiro Mundo” deveria ser um bloco politicamente oposto ao “Primeiro Mundo” e não somente um agrupamento de países de grande precariedade econômica. Além disso, os países designados como “Terceiro Mundo” não poderiam servir ao interesses dos países dominantes.

Países do Norte e do Sul

Diferente das demais propostas de regionalização, esta não apresenta um autor precursor, mas cabe destacar o presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, como um dos responsáveis pela popularização dessa representação. Após décadas de Guerra Fria, o enfrentamento ideológico entre Socialismo e Capitalismo (Leste x Oeste) perdeu espaço para a disputa econômica entre Ricos e Pobres (Norte x Sul). A idéia ganhou força no início da década de 1990, a partir da dissolução da União Soviética, principal representante do “Segundo Mundo”.
Com relação a essas representações, deve ficar claro que são simplificações arbitrárias, convenientes para a maior parte da mídia e para os Estados que as endossam. Em nenhum momento o Leste foi totalmente Socialista nem o Oeste plenamente Capitalista. A divisão entre Norte e Sul também é uma representação simbólica, que desrespeita a Linha do Equador. A desigualdade entre Norte e Sul já existia, mas não se evidenciou após a Segunda Guerra Mundial devido ao predomínio da Guerra Fria.


Nova Ordem Mundial
Histórico:

Nos últimos anos, principalmente de 1989 a 1991, o mapa-múndi político sofreu transformações radicais. Novos estados-nações (países) surgiram e outros desapareceram.
Como exemplo disso, podemos citar a antiga Alemanha Oriental, hoje uma província da Alemanha reunificada. Ou antiga Tchecoslováquia, hoje em dois novos estados-nações: a República Tcheca e a Eslováquia. Contudo, as mudanças mais surpreendentes aconteceram na Iugoslávia e na União Soviética. A Iugoslávia, além de ter sido dividida em cinco novos países (Croácia, Eslovênia, Bósnia, Macedônia e Iugoslávia), conheceu uma sangrenta guerra civil pela partilha da Bósnia-Herzegóvina. A União Soviética, por sua vez, viu-se obrigada a fragmentar-se em 15 nações independentes.
Do ponto de vista geopolítico, é possível comparar esse período a um outro do nosso século, quando também aconteceram mudanças profundas no mapa-múndi, por ocasião da segunda guerra mundial. Nesses dois momentos ocorreram não apenas mudanças geopolíticas, mas também uma crise de uma ORDEM MUNDIAL e a emergência de uma outra.
Antes da segunda guerra mundial havia uma ordem multipolar, ou seja, com base em vários pólos ou centros de poder que disputavam a hegemonia internacional: Inglaterra, ex-grande e exclusiva potência mundial no século XIX, em decadência hegemônica; a França e em especial a Alemanha, grandes concorrentes no continente europeu; os EUA, grande potência da América; o Japão, que se lançava numa aventura imperialista no leste e sudeste asiático; e por fim a imensa Rússia, fortemente militarizada.
O final da grande guerra trouxe um novo cenário: as potências européias estavam arrasadas e conseqüentemente seus impérios na Ásia e África; o Japão, igualmente arrasado, perdeu as áreas que havia conquistado no extremo oriente(Coréia, Manchúria, partes da Sibéria, etc.). Duas novas potências mundiais – EUA e União Soviética – lotearam o mundo entre si. Foi a época da BIPOLARIDADE, a nova ordem mundial, que durou cerca de 45 anos, desde o final da segunda guerra até meados de 1991.
O mundo bipolar foi marcado pela eterna disputa entre capitalismo e socialismo, tendo os EUA e a União Soviética de cada lado, respectivamente. Os EUA, líderes político-econômicos do mundo capitalista . A União Soviética, a guardiã e o exemplo a ser seguido no mundo socialista.
Esse Status que começou a ser mudado com a ascensão do Japão e da Europa Ocidental, que passaram a disputar a supremacia internacional com os EUA, e ao esgotamento do modelo soviético.

As Disparidades tendem a aumentar

A oposição entre o Norte e o Sul tem ainda um outro motivo para se acentuar: as desigualdades internacionais, que vêm aumentando desde os anos 1980 e devem se agravar ainda mais até o início do século XX. O PNB dos ricos sempre tem aumentado, enquanto grande parte dos países pobres tem diminuído, especialmente na África. De forma resumida, podemos dizer que isso se deve ao seguinte: enquanto as economias mais avançadas estão atravessando a chamada Revolução técnico-científica, com substituição de força de trabalho desqualificada por máquinas, com a expansão da informática, etc., os países mais pobres só têm duas coisas a oferecer – matérias-primas e mão de obra barata -, e esses elementos perdem valor a cada dia. Somente os países com uma força de trabalho qualificada (resultado de um ótimo sistema educacional) e tecnologia avançada é que possuem condições ideais para o desenvolvimento.

O Subdesenvolvimento

De forma sucinta, podemos definir o subdesenvolvimento como uma situação econômico-social caracterizada por dependência econômica e grandes desigualdades sociais.

Subordinação ou dependência econômica
Todos os países do Sul ou do terceiro mundo são economicamente dependentes dos países desenvolvidos. Tal dependência manifesta-se de três maneiras:

I. Endividamento externo – normalmente, todos os países subdesenvolvidos possuem vultosas dívidas para com grandes empresas financeiras internacionais.

II. Relações comerciais desfavoráveis – geralmente, os países subdesenvolvidos exportam produtos primários (não industrializados), como gêneros agrícolas e minérios. As importações, por sua vez, consistem basicamente de produtos manufaturados, material bélico e produtos de tecnologia avançada (aviões, computadores, etc.). Esta relação comercial revela-se terrivelmente desvantajosa, pois os artigos importados têm valor agregado bem maior do que os exportados, e ainda se valorizam mais rapidamente.

III. Forte influência de empresas estrangeiras – nos países subdesenvolvidos, boa parte das principais empresas industriais, comerciais, mineradoras e às vezes até agrícolas é de propriedade estrangeira, possuindo a matriz nos países desenvolvidos. São as chamadas multinacionais. Uma grande parcela dos lucros dessas empresas é remetida para suas matrizes, o que provoca descapitalização no terceiro mundo.

Grandes Desigualdades Sociais

Em todos os países subdesenvolvidos, a diferença entre ricos e pobres é muito mais acentuada do que nos países desenvolvidos. Por exemplo, na Colômbia, 2,6% da população possui 40% da renda nacional; no Chile, 2% dos proprietários possuem 50% das terras agrícolas. Dessa forma, a população de baixa renda acaba sofrendo de sérios problemas de subnutrição, falta de moradias, atendimento médico-hospitalar inadequado, insuficiência de escolas, etc.

Então: Como Definir a Nova Ordem?

A nova ordem costuma ser definida como multipolar. Isso quer dizer que existem vários pólos ou centros de poder no plano mundial. Hoje temos três grandes potências mundiais de poderio econômico, tecnológico e político-diplomático: EUA, Japão e a União Européia.
Assim, o século XX começou com uma ordem multipolar, passou para a bipolaridade e termina com uma nova multipolaridade. Que diferenças existem entre a multipolaridade deste fim de século e aquela do início?
A primeira grande diferença é que no início do século havia somente um agente no cenário internacional: o Estado Nacional (como, por exemplo, Inglaterra, Alemanha, etc.) e tudo girava ao redor de suas relações econômicas e político-militares. Já nos dias hodiernos há um relativo enfraquecimento do estado-nação e um fortalecimento de outros agentes internacionais – a ONU, em primeiro lugar, e também as empresas multinacionais e as diversas organizações mundiais (governamentais e não-governamentais) que atuam nas áreas ambiental, econômica, cultural, técnica, etc.
Em segundo lugar, no início do século vivia-se uma situação de pré-guerra: as rivalidades entre potências conduziam inevitavelmente a conflitos bélicos entre si, o que ocorreu efetivamente de 1914 a 1918 e novamente de 1939 a 1945. Hoje isso é extremamente improvável de acontecer, pois no lugar de uma disputa acirrada pela hegemonia mundial, existe uma crescente cooperação, uma interdependência, inclusive com a criação de mercados regionaisou blocos econômicos. Dessa forma, as três grandes potências são ao mesmo tempo rivais e associados, possuem alguns interesses conflitantes e inúmeros outros em comum.
A ordem mundial era tida como dicotômica ou dualista, ou seja, predominava a oposição entre o bem e o mal, entre o capitalismo e o socialismo. A nova ordem é pluralista, ou seja, possui várias frentes de oposição, como RICOS/ POBRES; CRISTÃOS / MUÇULMANOS (ISLÂMICOS); INTERESSES MERCANTIS CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA, etc.

Multipolaridade e aceleração econômica e tecnológica

A tecnologia desenvolvida durante a Segunda Guerra Mundial estabeleceu um novo padrão de desenvolvimento tecnológico, que levou à modernização e a posterior automatização da indústria. Com a automatização industrial, aceleraram-se os processos de fabricação, o que permitiu grande aumento e diversificação da produção.
O acelerado desenvolvimento tecnológico tornou o espaço cada vez mais artificializado, principalmente naqueles países onde o atrelamento da ciência à técnica era maior. A retração do meio natural e a expansão do meio técnico-científico mostraram-se como uma faceta do processo em curso, na medida em que tal expansão foi assumida como modelo de desenvolvimento em praticamente todos os países.
Favorecidas pelo desenvolvimento tecnológico, particularmente a automatização da indústria, a informatização dos escritórios e a rapidez nos transportes e comunicações, as relações econômicas também se aceleraram, de modo que o capitalismo ingressou numa fase de grande desenvolvimento. A competição por mercados consumidores, por sua vez, estimulou ainda mais o avanço da tecnologia e o aumento da produção industrial, principalmente nos Estados Unidos, no Japão, nos países da União europeia e nos novos países industrializados (NPI’s) originários do "mundo subdesenvolvido" da Ásia.
A internacionalização do capital
Desde que surgiu, e devido à sua essência - produzir para o mercado, objetivando o lucro e, consequentemente, a acumulação da riqueza - o capitalismo sempre tendeu à internacionalização, ou seja, à incorporação do maior número possível de povos ou nações ao espaço sob o seu domínio. No princípio, a Divisão Internacional do Trabalho funcionava através do chamado pacto colonial, segundo o qual a atividade industrial era privilégio das metrópoles que vendiam seus produtos às colônias.
Agora, para escapar dos pesados encargos sociais e do pagamento dos altos salários conquistados pelos trabalhadores de seus países, as grandes empresas industriais dos países desenvolvidos optaram pela estratégia de, em vez de apenas continuarem exportando seus produtos, também produzi-los nos países subdesenvolvidos, até então importadores dos produtos industrializados que consumiam. Dessa maneira, barateando custos, graças ao emprego de mão-de-obra bem mais barata, menos encargos sociais, incentivos fiscais etc., e, assim, mantendo , ou até aumentando, lucros, puderam praticar altas taxas de investimento e acumulação. Grandes empresas de países desenvolvidos, também conhecidas como corporações, instalaram filiais em países subdesenvolvidos, onde passaram a produzir um elenco cada vez maior de produtos.
Por produzirem seus diferentes produtos em muitos países, tais empresas ficaram consagradas como multinacionais. Nesse contexto, opera-se, pois, uma profunda alteração na divisão internacional do trabalho, porquanto muitos países deixam de ser apenas fornecedores de alimentos e matérias-primas para o mercado internacional para se tornarem produtores e até exportadores de produtos industrializados. O Brasil é um bom exemplo.
A globalização
Nos anos 1980, a maior parte da riqueza mundial pertencia às grandes corporações internacionais. Pôr outro lado, os Estados desenvolvidos revelaram finanças arruinadas, depois de se mostrarem incapazes de continuar atendendo às onerosas demandas da sua população: aposentadoria, amparo à velhice, assistência médica, salário-desemprego, etc. Com o esgotamento do Estado do bem-estar Social (Welfare state), o neoliberalismo ganhou prestigio e força.
Agora, a lucratividade tem de ser obtida mediante vantagens sobre a concorrência, para o que é necessário oferecer ao mercado produtos mais baratos, preferentemente de melhor qualidade. Para tanto, urge reduzir custos de produção.
Então, os avanços tecnológicos, particularmente nos transportes e comunicações, permitiram que as grandes corporações adotassem um novo procedimento - a estratégia global de fabricação - que consiste em decompor o processo produtivo e dispersar suas etapas em escala mundial, cada qual em busca de menores custos operacionais. A produção deixa de ser local para ser mundial, o que também ocorre com o consumo, uma vez que os mesmos produtos são oferecidos à venda nos mais diversos recantos do planeta. Os fluxos econômicos se intensificam extraordinariamente, promovidos sobretudo pelas grandes empresas, agora chamadas de transnacionais. A divisão internacional do trabalho fica subvertida, pois torna-se difícil identificar o lugar em que determinado artigo industrial foi produzido.
Após a derrocada do socialismo, a internacionalização do capitalismo atinge praticamente todo o planeta e se intensifica a tal ponto que merece uma denominação especial - globalização -, marcada basicamente pela mundialização da produção, da circulação e do consumo, vale dizer, de todo o ciclo de reprodução do capital. Nessas condições, a eliminação de barreiras entre as nações torna-se uma necessidade, a fim de que o capital possa fluir sem obstáculos. Daí o enfraquecimento do Estado, que perde poder face ao das grandes corporações.
O "motor" da globalização é a competitividade. Visando à obtenção de produtos competitivos no mercado, as grandes empresas financiam ou promovem pesquisa, do que resulta um acelerado avanço tecnológico. Esse avanço implica informatização de atividades e automatização da indústria, incluindo até a robotização de fábricas. Em conseqüência, o desemprego torna-se o maior problema da atual fase do capitalismo.
Embora a globalização seja mais intensa na economia, ela também ocorre na informação, na cultura, na ciência, na política e no espaço. Não se pode pensar, contudo, que a globalização tende a homogeneizar o espaço mundial. Ao contrário, ela é seletiva. Assim, enquanto muitos lugares e grupos de pessoas se globalizam, outros, ficam excluídos do processo. Por esse motivo, a globalização tende a tornar o espaço mundial cada vez mais heterogêneo. Além disso, ela tem provocado uma imensa concentração de riqueza, aumentando as diferenças entre países e, no interior de cada um deles, entre classes e segmentos sociais.
De qualquer modo, para se entender melhor o espaço de hoje, com as profundas alterações causadas pela globalização, é preciso ter presente alguns conceitos essenciais:
FÁBRICA GLOBAL - A expressão indica que a produção e o consumo se mundializaram de tal forma que cada etapa do processo produtivo é desenvolvida em um país diferente, de acordo com as vantagens e as possibilidades de lucro que oferece.
ALDEIA GLOBAL - Essa expressão reflete a existência de uma comunidade mundial integrada pela grande possibilidade de comunicação e informação. Com os diferentes sistemas de comunicação, uma pessoa pode acompanhar os acontecimentos de qualquer parte do mundo no exato momento em que ocorrem. Uma só imagem é transmitida para o mundo todo, uma só visão. Os avanço possibilitam a criação de uma opinião pública mundial. Nesse contexto de massificação da informação é que surgiu a IINTERNET, uma rede mundial de comunicação por computador que liga a quase totalidade dos países. Estima-se que, hoje, mais de 100 milhões de pessoas estejam se comunicando pela Internet. Esse sistema permite troca de informações, com a transferência de arquivos de som, imagem e texto. É possível conversar por escrito ou de viva voz, mandar fotos e até fazer compras em qualquer país conectado.
ECONOMIA MUNDO - Ao se difundir mundialmente, as empresas transnacionais romperam as fronteiras nacionais e estabeleceram uma relação de interdependência econômica com raízes muito profundas, inaugurando a chamada economia mundo.
INTERDEPENDÊNCIA - No sistema globalizado, os conceitos de conceitos descritos anteriormente envolvem a interdependência. Os países são dependentes uns dos outros, pois os governos nacionais não conseguem resolver individualmente seus principais problemas econômicos, sociais ou ambientais.
As novas questões relacionadas com a economia globalizada fazem parte de um contexto mundial, refletem os grandes problemas internacionais, e as soluções dependem de medidas que devem ser tomadas por um grande conjunto de países.
PAÍSES EMERGENTES - Alguns países, mesmo que subdesenvolvidos, são industrializados ou estão em fase de industrialização; por isso, oferecem boas oportunidades para investimentos internacionais. Entre os países emergentes destacam-se a China, a Rússia e o Brasil. Para os grandes investidores, esse grupo representa um atraente mercado consumidor, devido ao volume de sua população. Apesar disso, são países que oferecem grandes riscos, se for considerada sua instabilidade econômica ou política.
Com o objetivo de construir uma imagem atraente aos investidores, os países emergentes tentam se adequar aos padrões da economia global. Para isso, têm sempre em vista os critérios utilizados internacionalmente por quem pretende selecionar um país para receber investimentos:

·         Cultura compatível com o desenvolvimento capitalista;
·         Governo que administra bem os seus gastos;
·         Disponibilidade de recursos para crescer sem inflação e sem depender excessivamente de recursos externos;
·         Estímulo às empresas nacionais para aprimorarem sua produção;
·         Custo da mão-de-obra adequado à competição internacional;
·        Existência de investimentos para educar a população e reciclar os trabalhadores.

Postado

Por: Marcelo Luiz Corrêa

Revisão: João Bonturi

Apresentado em arquivo por: Grasiele Ferreira

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