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quarta-feira, 30 de março de 2011

Resumo Sobre os Primeiros Sistemas econômicos


UNIGUAÇU – UNIÃO DE ENSINO SUPERIOR DO IGUAÇU LTDA.
FAESI – FACULDADE DE ENSINO SUPERIO DE SÃO MIGUEL DO IGUAÇU
ISE – INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO
CURSO DE GEOGRAFIA TERCEIRO PERIODO
Geografia Econômica



RESUMO SOBRE OS PRIMEIROS SISTEMAS ECONÔMICOS

Resumo apresentado à disciplina de Geografia Econômica, da Faculdade de Ensino Superior de São Miguel do Iguaçu, sob orientação da Professora: Julia Brandão Kashiwagura.


ANDERSON JOSÉ BENDER




SÃO MIGUEL DO IGUAÇU
2011


Primeiros sistemas econômicos
Foi no decorrer do período neolítico que o homem adotou uma radical mudança de um comportamento puramente predatório.  Ele passou a ser um produtor, favorecendo a reprodução daquelas que lhe poderiam servir de alimentos. Esta mudança recebeu a denominação de Revolução Neolítica.
Foi a atividade agrícola, principalmente, que permitiu que o homem passasse a viver em comunidades estáveis introduzindo trabalho coletivo.
Paralelamente, com o crescimento demográfico decorrente de um controle que o homem passou a ter sobre suas fontes de alimentação uma diferenciação social do trabalho, com o desenvolvimento de novas técnicas de trabalho, como a cerâmica, tecelagem, e a fabricação de instrumentos de pedra polida que contribuíram para o sucesso das comunidades sedentárias.
A diferenciação social do trabalho levou à formação de diferentes ritmos de produção e acumulação de bens econômicos, e a difusão do conceito levou a necessidade de se demarcar com precisão os limites dos lotes de terras, registrar rebanhos e mensurar o volume da produção agrícola, o que induziu a invenção da escrita.

As civilizações Hidráulicas
O aparecimento da agricultura levou o homem a se fixar nos locais mais adequados, as margens dos grandes rios. As primeiras civilizações nasceram em torno dos vales dos rios Tigre e Eufrates, na Mesopotâmia (atual território do Iraque). Nessa área denominada de crescente fértil, apesar das cheias fertilizarem o solo, houve a necessidade de um grande volume de trabalho coletivo que levou à formação de sociedades urbanizadas, baseadas na irrigação. Estas sociedades podem ser chamadas de monarquia – teocrática.

Mesopotâmia
Densamente habitada atualmente correspondente ao Iraque teve uma urbanização crescente, com o desenvolvimento de prósperas cidades – estado.
Embora invadida por populações nômades, presenciou alterações significativas em seu sistema econômico original, a dualidade palácio real e templos.
A base da economia mesopotâmica sempre foi a produção agrícola, some-se a isso, os fatos de ser uma região cercada por populações hostis, que constantemente a invadiam, o que obrigou a formação precoce de exércitos. Essa região também dependia do comércio exterior para a obtenção de matérias – primas. Nesse quadro, garantir a sobrevivência das camadas urbanas e dos grupos dominantes era um problema fundamental.
Sua solução baseou – se na imposição de períodos de trabalho compulsório, e de requisições de produtos, às aldeias que abrigavam a grande maioria da população. Assim, formam-se enormes e estáveis sistemas econômicos em torno do palácio real e dos templos, e desde finais do quarto milênio a.C., adotou-se o conceito de moeda e com isso surgiram os bancos que fizeram parte da vida econômica da Mesopotâmia. As primeiras referências disso tudo datam de 3400 a.C.
A instituição difundiu-se muito, a ponto de em meados do segundo milênio a.C. serem os bancos comuns às maiores cidades da região, e realizarem operações padrão de empréstimos, a juros anuais que alcançavam 33% para os cereais e 20% para metais. Esta economia foi fundamentalmente de base agrícola, uma vez que as matérias – primas transformadas eram basicamente de origem vegetal e animal.
A mesopotâmia desenvolveu, desde os primeiros tempos de sua ocupação sistemática, um ativo comércio exterior, destinado a supri-la das matérias – primas que não possuía. Quanto ao seu comércio interno, centrado nas cidades, ele sempre foi muito ativo e diversificado, oferecendo desde produtos alimentícios até ferramentas e demais utensílios de uso cotidiano, como reflexo natural de um sistema econômico composto por homens livres e bastante monetarizado.

Egito
Localizada ao longo do vale do rio Nilo, a civilização egípcia foi denominada como uma dádiva do Nilo. As cheias anuais de julho a novembro inundam suas margens e depositam uma camada de húmus de alto poder fertilizador. Isso possibilitou o desenvolvimento de uma economia agrária.
Embora a civilização egípcia fosse baseada na irrigação, suas características diferem bastante da Mesopotâmia por vários motivos: as cheias do Nilo são regulares, e muito menos destruidoras que as do Tigre e Eufrates, os desertos protegiam a região de ameaças externas, o Egito não era tão dependente do comércio exterior e o Egito não se desenvolveu a partir de cidades – Estados independentes, mas sim através de um estado precocemente unificado.
A somatória dessas quatro características, principalmente o fato de o Estado unificado ter precedido tanto a urbanização plena, como a completa divisão social do trabalho, acabou por produzir um sistema econômico altamente estatizado, com ênfase no trabalho coletivo e ordenado.
Toda a economia egípcia foi orientada no sentido de assegurar a sobrevivência do faraó. Em princípio, toda a terra pertencia ao faraó, e era cultivada por camponeses livres.
A propriedade privada jamais chegou a se constituir plenamente, dependia da ratificação do faraó. Nesse sistema altamente estatizado, a economia era de base agrária, dada a exigüidade de terras férteis.
A economia egípcia não conheceu a monetarização. Os objetos eram trocados por outros objetos, e o estado remunerava seus funcionários em espécie. Quanto ao comércio exterior o Egito era praticamente auto – suficiente, nunca foi muito ativo, restringindo – se à importação de madeiras, a única matéria – prima que o Egito realmente carecia e de mercadorias de luxo como ébano, marfim e incenso e ouro.

As civilizações comercias
 Algumas civilizações foram obrigadas a voltarem-se para o exterior, a fim de conseguir os produtos alimentícios básicos, que não conseguiam produzir em quantidade suficiente. Isto forçou – as a desenvolverem uma urbanização precoce e econômica artesanal.

A civilização minóica de Creta
Localizada no Meridiano Oriental, entre o Egito, a Ásia e o continente grego, rica em madeira e favorecida por uma conjuntura de correntes marítimas e ventos favoráveis, a ilha de Creta pôde desenvolver a primeira economia concentrada na produção artesanal.
Povoada em finais do neolítico, suplementava com a pesca sua parca produção agrícola proveniente de vales estreitos assim a civilização minóica criou as condições para o estabelecimento de comunidades urbanas com bons portos naturais, e essas comunidades, povoadas por ferreiros, carpinteiros, artesãos e principalmente por comerciantes e marinheiros, passaram a produzir vinho e azeite e objetos de cerâmica.
Valendo – se da arqueologia e de várias lendas disseminadas pelos povos indo – europeus, pode – se traçar um esboço do desenvolvimento da economia minóica.   
Por volta de 1600 a.C., a ilha contava com uma série de cidades em sua costa leste. Todas com um elevado grau de divisão do trabalho. As cidades espalhavam – se em torno de grandes palácios não fortificados. O período áureo da ilha parece ter sido entre 1570 e 1425 a.C., quando a cidade de Cnossos deve ter se imposto às demais, iniciando um período de centralização administrativa.

As cidades Fenícias

No início do terceiro milênio a.C., populações de origem semítica estabeleceram – se ao longo da costa do Líbano atual. Pouco propensa para a agricultura, com relevo bastante acidentado, forçou essas populações a se dedicarem à pesca, como meio de garantir sua sobrevivência.
Aproveitando sua precoce familiaridade com o mar, a existência de grandes florestas de cedros e bons portos naturais, os fenícios voltam – se definitivamente para a atividade comercial, passando a cultivar vinhas e oliveiras, culturas nada exigentes quanto à fertilidade do solo. Seu relevo muito acidentado levou a população ao isolamento e isso, fez com que a Fenícia nunca se constituísse em um Estado unificado, mas sim que se desenvolvesse a partir de Cidades – Estados.
O principal produto de exportação dos Fenícios foi o corante de púrpura obtido de um molusco comum em seu litoral (o múrex), este permitia o tingimento indelével dos tecidos. O corante constituiu – se durante toda a antiguidade, chegando a ser sinônimo de titularidade real.
Os fenícios tornaram – se intermediários de todo o mundo a fim de maximizar os benefícios de sua atividade comercial, assim, as cidades fenícias procederam à fundação de feitorias que se estendiam pelo Mediterrâneo, alcançado Marrocos e Espanha atuais. Uma dessas feitorias na costa da atual Tunísia deu origem a cidade de Cartago, que se transformou em uma potência até o momento em que foi derrotada por Roma em finais do terceiro milênio a.C.
O fato de a economia das cidades fenícias não ter evoluído rapidamente, obriga a que se teçam considerações sobre questões pertinentes destes sistemas econômicos: em primeiro como bem prova a rede de trocas que as comunidades do final no neolítico estabelecem entre si, em segundo, dão um peso absoluto à noção de trabalho coletivo e em terceiro, às cidades fenícias tiveram seu sistema minóico destruído e não experimentaram mudanças em suas estruturas econômicas, mesmo sob a dominação seguida de vários invasores estrangeiros.



Referências:
 REZENDE, Cyro. História Econômica Geral. 7ª Edição. São Paulo. Editora Contexto, 2003. Paginas 12 a 23.

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